quinta-feira, 16 de junho de 2011

P01.4—Imagem em Movimento



CRU³


Acho que o título que atribuí a este texto é o mais perfeito reflexo da minha intenção.

Após a exploração do espaço com o exercício anterior, o meio obrigatório de registo e execução desta proposta proporcionou-me o mais lógico desenvolvimento do processo criativo.

Mantendo-me fiel ao meio fotográfico para a exploração do conceito “cru”, vi-me agora com um leque alargado de dimensões para explorar. Passo de seguida a explicar...

Ora então de seguida aqui vamos....qualquer pessoa que passe pela experiência de produzir ampliações de fotogramas, despendendo um mínimo de atenção, se aperceberá de um elaborado leque de estímulos sensoriais. Estímulos visuais, caracterizados por condições lumínicas bastante particulares, estímulos auditivos, provenientes do temporizador, e não só.

O registo vídeo apresenta-se como a forma mais verídica de registar todos estes estímulos, conjugando as transições lumínicas com os sons característicos e ainda o registo de um tempo verdadeiro com um imenso carácter documental.

Partindo da minha experiência pessoal no laboratório, em que 4 segundos não são de todo iguais a 1+1+1+1, pude aperceber-me das características rítmicas de todo o processo. Assim, tentando aproveitar todas as capacidades do registo vídeo, procurei executar um registo ritmado, até musical, do momento em que a fotografia ainda não o é.

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