sábado, 18 de dezembro de 2010

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P03.1—Desenvolvimento de duas hipóteses da marca para o ipsangue

BRIEFING

Nome da entidade
IPS - Instituto Português do Sangue

Contexto histórico e sócio-económico da entidade

O primeiro esforço para a criação desta entidade teve luz verde a 2 de Janeiro de 1958, através do Decreto-Lei n.º 41 498 (INS - Instituto Nacional de Sangue).
Após a Revolução de 74, em 1976, são discutidos e aprovados os princípios orientadores de uma Rede Nacional de Transfusão Sanguínea (RNTS).
Durante os anos 80 surgem uma série de problemas e escândalos em redor dos processos e procedimentos na aplicação terapêutica transfusional (Lote 810536 do Factor VIII).
Em 2007, foi aprovado o Decreto-Lei nº 270/2007 de 26 de Julho, estabelecendo uma nova orgânica para o IPS,IP.

Missão actual da entidade
O IPS, IP tem por missão regular, a nível nacional, a actividade da medicina transfusional e garantir a disponibilidade e acessibilidade de sangue e componentes sanguíneos de qualidade, seguros e eficazes.

Serviços fornecidos pela entidade
Coordenar e orientar a nível nacional todas as actividades relacionadas com a transfusão de sangue desde a colheita à administração;
Assegurar o funcionamento do Sistema Nacional de Hemovigilância em articulação com as entidades nacionais e internacionais competentes;
Promover e apoiar a investigação nos domínios da ciência e tecnologia da área da medicina transfusional;
Promover a dádiva de sangue;
Acompanhar os serviços de medicina transfusional públicos e privados, integrados no Sistema Nacional de Saúde, a fim de garantir o cumprimento das directrizes aplicáveis;
Desenvolver um serviço nacional de referência na área da medicina transfusional;
Assegurar, no âmbito das suas atribuições, o cumprimento das obrigações internacionais do Estado e a representação do País, designadamente junto da União Europeia, do Conselho da Europa, da Organização Mundial de Saúde e de outras organizações públicas ou privadas.

Requerimentos e preferências do cliente/entidade
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Palavras-chave (conceitos associados à entidade)
Disponibilidade, eficácia, público, partilha, vida, segurança, humanidade, sangue.

P02—Análise de marcas

Grupo:
Catarina Silva
Emanuel Pereira
Sónia Silva

Apresentação

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Serralves:
Zip

Vídeos:

Serralves em Festa! 2004

Serralves em Festa! 2009

Serralves em Festa! 2010

Juan Muñoz

Paula Rego

Anos 80: Uma topologia


Links:

Serralves.pt

Mário Moura 1 - 2 - 3

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Chanel:
Zip

Vídeos:

Chanel no 5 commercial - share the fantasy 1979

Chanel - Share the Fantasy (1982) commercial

Vanessa Paradis for Coco Chanel [1992]

Chanel 5 Commercial with Carole Bouquet

Catherine Deneuve - Chanel No.5

Estella Warren - Chanel 1st. commercial

Nicole Kidman Chanel commercial

Vanessa Paradis - Rouge Coco Chanel

CHANEL no 5 - Audrey Tautou


Links:

Chanel.com

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

P01.3



Acho que o título que atribuí a este texto é o mais perfeito reflexo da minha intenção.
Após a exploração do espaço com o exercício anterior, o meio obrigatório de registo e
execução desta proposta proporcionou-me o mais lógico desenvolvimento do processo
criativo.
Mantendo-me fiel ao meio fotográfico para a exploração do conceito “cru”, vi-me agora com
um leque alargado de dimensões para explorar. Passo de seguida a explicar...
Ora então de seguida aqui vamos....qualquer pessoa que passe pela experiência de produzir
ampliações de fotogramas, despendendo um mínimo de atenção, se aperceberá de um
elaborado leque de estímulos sensoriais. Estímulos visuais, caracterizados por condições
lumínicas bastante particulares, estímulos auditivos, provenientes do temporizador, e não só.
O registo vídeo apresenta-se como a forma mais verídica de registar todos estes estímulos,
conjugando as transições lumínicas com os sons característicos e ainda o registo de um tempo
verdadeiro com um imenso carácter documental.
Partindo da minha experiência pessoal no laboratório, em que 4 segundos não são de todo
iguais a 1+1+1+1, pude aperceber-me das características rítmicas de todo o processo. Assim,
tentando aproveitar todas as capacidades do registo vídeo, procurei executar um registo
ritmado, até musical, do momento em que a fotografia ainda não o é.

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Seja o que for o que ela dê a ver e qualquer que seja a maneira, uma foto é sempre invisível:
não é ela que vemos...
...o que a fotografia reproduz ao infinito só ocorreu uma vez...

Roland Barthes
in A Câmera Clara


Tendo a fotografia como meio, então como produzir dois fotogramas complementares?
Tentando aprofundar o meu conhecimento e procurar respostas numa linguagem
verdadeiramente do meio fotográfico, procurei discutir esta proposta com alguém do próprio
meio. Foi no seguimento dessa discussão que surgiu o nome de Roland Barthes.
Se, segundo o seu estudo, a fotografia nada é mais para além de um veículo, um meio que nos
reporta a um momento efémero eternizado num fotograma, então como representaria todas as
emoções de um momento cru da fotografia?
Procurei a resposta na exploração do espaço expositivo para que estes dois momentos
pudessem transportar o espectador para um ambiente específico. Registei assim dois
momentos simultâneos do processo de cozinhar a fotografia, o momento em que ela ainda não
existe como resultado físico.
Acima do observador encontra-se assim o registo da luz vermelha do estúdio e por baixo a
tina de revelador contendo um pedaço de papel fotográfico ainda branco, tentando remeter o
observador para um universo de apenas alguns segundos que separam o nada do tudo.

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Após uma tentativa falhada de abordar esta proposta com uma perspectiva de linguagem
generalista, acabei por procurar uma resposta afecta a um meio específico, a fotografia na sua
vertente analógica.
Realizei uma série de registos procurando encontrar uma representação do estado cru da
fotografia. Uma representação despojada de acção e que contivesse a matéria prima no seu
estado puro, cru.
A solução acabou por ser o registo de um rolo fotográfico novo, acabado de sair da caixa.
Para maximizar o efeito deste registo optei por captar a imagem do rolo de perfil, tentando
demonstrar uma falsa imparcialidade, isto é, evitando atribuir uma outra dinâmica que um
registo macro com uma perspectiva acentuada pudesse conferir à imagem. Dinâmica essa que
recorreria a valores específicos de um trabalho de fotográfico que já estaria para além do
estado cru.

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É-me bastante custoso manter uma linha racional de pensamento não divagante quando este
acto se destina a um esforço consciente de procura de traços de personalidade ou
características da minha pessoa. Possivelmente a anterior frase é aquela que melhor transmite
o meu universo mental, a confusão.
Para a resolução desta proposta foi de certa forma um reforço positivo o carácter de urgência
pedido para a execução. De forma a tentar fazer um bipass ao meu consciente, tentei resolver
este trabalho cingindo-me às ferramentas que encontrasse no meu “saco do dia”.
(uma bobine de linha branca de algodão + uma agulha + uma tesoura + um pau de giz branco
+ ???)
Resultado de um processo de exploração recente do desenho ilustrativo, ganhei um especial
interesse por suportes físicos não usuais. Este artefacto de experiências anteriores levou-me a
uma primeira tentativa de resolução conjugando a linha de algodão com um saco de lixo
preto...experiência essa que acabou como começou, isto é, no saco do lixo (Não é verdade!
Está guardada, mas a omissão deste facto propicia um momento de humor à narrativa.)
Então como resolver este imbróglio? Nomeadamente o “+ ???” ?
Em retrospectiva podemos analisar a função representativa do raciocínio seguido e perceber
que a solução era bastante simples:

AR = saco – bobine + agulha + tesoura + giz + ???

Hmmmm... ao que parece não faltava nada. O problema acabou por ser a intenção de
acrescentar ao desnecessário.

AR = bobine + agulha + tesoura + giz + saco

Assim que o saco passou a fazer parte da própria função, não só a resposta se transformou
num objecto prático, como encontrou uma maneira de transmitir a realidade da minha pessoa.
Alguém que necessita de sacos para conter pequenas parcelas da sua imensa confusão.