quinta-feira, 16 de junho de 2011

P00—Auto-Representação




AR = ???


É-me bastante custoso manter uma linha racional de pensamento não divagante quando este acto se destina a um esforço consciente de procura de traços de personalidade ou características da minha pessoa. Possivelmente a anterior frase é aquela que melhor transmite o meu universo mental, a confusão.

Para a resolução desta proposta foi de certa forma um reforço positivo o carácter de urgência pedido para a execução. De forma a tentar fazer um bipass ao meu consciente, tentei resolver este trabalho cingindo-me às ferramentas que encontrasse no meu “saco do dia”.

(uma bobine de linha branca de algodão + uma agulha + uma tesoura + um pau de giz branco + ???)

Resultado de um processo de exploração recente do desenho ilustrativo, ganhei um especial interesse por suportes físicos não usuais. Este artefacto de experiências anteriores levou-me a uma primeira tentativa de resolução conjugando a linha de algodão com um saco de lixo preto...experiência essa que acabou como começou, isto é, no saco do lixo (Não é verdade! Está guardada, mas a omissão deste facto propicia um momento de humor à narrativa.)


Então como resolver este imbróglio? Nomeadamente o “+ ???” ?

Em retrospectiva podemos analisar a função representativa do raciocínio seguido e perceber que a solução era bastante simples:

AR = saco – bobine + agulha + tesoura + giz + ???

Hmmmm... ao que parece não faltava nada. O problema acabou por ser a intenção de acrescentar ao desnecessário.

AR = bobine + agulha + tesoura + giz + saco

Assim que o saco passou a fazer parte da própria função, não só a resposta se transformou num objecto prático, como encontrou uma maneira de transmitir a realidade da minha pessoa.

Alguém que necessita de sacos para conter pequenas parcelas da sua imensa confusão.


Sem comentários: