

É-me bastante custoso manter uma linha racional de pensamento não divagante quando este
acto se destina a um esforço consciente de procura de traços de personalidade ou
características da minha pessoa. Possivelmente a anterior frase é aquela que melhor transmite
o meu universo mental, a confusão.
Para a resolução desta proposta foi de certa forma um reforço positivo o carácter de urgência
pedido para a execução. De forma a tentar fazer um bipass ao meu consciente, tentei resolver
este trabalho cingindo-me às ferramentas que encontrasse no meu “saco do dia”.
(uma bobine de linha branca de algodão + uma agulha + uma tesoura + um pau de giz branco
+ ???)
Resultado de um processo de exploração recente do desenho ilustrativo, ganhei um especial
interesse por suportes físicos não usuais. Este artefacto de experiências anteriores levou-me a
uma primeira tentativa de resolução conjugando a linha de algodão com um saco de lixo
preto...experiência essa que acabou como começou, isto é, no saco do lixo (Não é verdade!
Está guardada, mas a omissão deste facto propicia um momento de humor à narrativa.)
Então como resolver este imbróglio? Nomeadamente o “+ ???” ?
Em retrospectiva podemos analisar a função representativa do raciocínio seguido e perceber
que a solução era bastante simples:
AR = saco – bobine + agulha + tesoura + giz + ???
Hmmmm... ao que parece não faltava nada. O problema acabou por ser a intenção de
acrescentar ao desnecessário.
AR = bobine + agulha + tesoura + giz + saco
Assim que o saco passou a fazer parte da própria função, não só a resposta se transformou
num objecto prático, como encontrou uma maneira de transmitir a realidade da minha pessoa.
Alguém que necessita de sacos para conter pequenas parcelas da sua imensa confusão.